“Saber como identificar possíveis sinais dos diferentes tipos de câncer de pele – e como se proteger da doença – é essencial em um país como o Brasil, onde o índice para os raios ultravioleta é de 11 – um nível considerado muito alto e que oferece maior risco para o câncer de pele”.
Dr. Erasmo Tokarski
A pele é composta por duas camadas: a epiderme, na parte externa, e a derme, na parte interna. Além de outras funções, ela serve de proteção contra agentes externos, como luz do sol e calor. E essa dupla é motivo de atenção quando o tema é câncer de pele.
São vários os tipos de câncer de pele. Os mais comuns são os carcinomas, com incidência mais alta, porém menor gravidade, e os melanomas que, apesar de menos frequentes, são mais graves por causa do risco de metástases aumentado.
Juntos, o câncer de pele não-melanoma e o melanoma representam 34% dos diagnósticos de câncer no Brasil, com cerca de 193 mil casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
“Pessoas com história familiar da doença, de pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, albinas, as que se expõem ao sol e a agentes químicos excessivamente e têm muitas pintas constituem a população de maior risco para desenvolver a doença”, diz o médico dermatologista Dr. Erasmo Tokarski.
Sintomas
A lesão maligna de pele geralmente é rósea, avermelhada ou escura, e apresenta crescimento lento, mas progressivo. Também pode ter o aspecto de ferida que não cicatriza, ou de pintas que crescem devagar, mas que coçam, sangram ou apresentam alterações de cor, consistência e tamanho (geralmente maior que 6 mm). Outras características importantes dessas lesões são a assimetria e as bordas irregulares.
Como os cânceres de pele podem apresentar características diversas, a pessoa deve procurar um médico sempre que notar uma lesão nova ou quando uma lesão antiga sofrer algum tipo de modificação.
Diagnóstico
O diagnóstico de câncer de pele leva em conta o aspecto clínico da lesão, sua coloração e forma e o resultado da biópsia dos tecidos da própria lesão e dos que estão ao seu redor. O diagnóstico precoce é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta bons índices de cura.
Tratamento
O tratamento inicial de câncer de pele consiste na retirada cirúrgica da lesão e do tecido ao redor. Quimioterapia ou radioterapia são recursos terapêuticos utilizados nos casos mais graves. O tipo de tumor é menos importante do que seu tamanho no momento do diagnóstico para determinar o tratamento e o prognóstico.
Recomendações
- Faça um autoexame de pele regularmente e observe se há alguma mancha, lesão, ferida, sinal ou pinta nova ou que apresente alguma modificação. Não se esqueça de examinar também a palma das mãos, os vãos entre os dedos, a sola dos pés e o couro cabeludo;
- Evite a exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10 e 15 horas. Use filtro solar com proteção adequada ao seu tipo de pele, além de chapéu e roupas para se proteger;
- Evite as queimaduras de sol, principalmente durante a infância e a adolescência, fase em que as pessoas costumam expor-se mais ao sol;
- Não exagere na exposição dentro das câmaras de bronzeamento artificial, porque também elas emitem raios ultravioleta;
- Procure um médico dermatologista com regularidade, se você tem pele muito clara, que fica vermelha facilmente quando exposta ao sol, e/ou histórico de câncer de pele na família.